Edição 282 | 17 Novembro 2008

Antologia de poemas de Gerard Manley Hopkins

close

FECHAR

Enviar o link deste por e-mail a um(a) amigo(a).

Augusto de Campos e Alipio Correio de Franca Neto

Não, não, pior não há, dor mais dor do que a dor,
Além-ais de aquém-ais torturam-se outra vez.
Onde está teu consolo, ó Mãe, que a tudo vês?
E o teu conforto, onde, ó meu confortador?

Meus gritos em rebanho arrebanham em cor-
o a dor, a dor do mundo,arquibigorna, e se
Calmam, calam. A Fúria uiva: “Nenhum re-
Morso! Que seja fel. Sem mora e sem amor”.

“Ah, a mente tem montanhas; precipícios, vias
Terríveis, que ninguém trilhou. Se alguém duvida
É que nunca as buscou. Essas regiões sombrias

Mal pisa o pé, pesado. Aqui! Rasteja a tua lida
No rede(e a um só consolo serve)moínho: os dias
Morrem no sono e a morte apaga toda a vida

Tradução de Augusto de Campos

No worst, there is none. Pitched past pitch of grief, / More pangs will, schooled at forepangs, wilder wring. / Comforter, where, where is your comforting? / Mary, mother of us, where is your relief? / / My cries heave, herds-long; huddle in a main, a chief / Woe, wórld-sorrow; on an áge-old anvil wince and sing - / Then lull, then leave off. Fury had shrieked ‘No ling- / -ering! Let me be fell: force I must be brief'’ / / O the mind, mind has mountains; cliffs of fall / Frightful, sheer, no-man-fathomed. Hold them cheap / May who ne’er hung there. Nor does long our small / / Durance deal with that steep or deep. Here! creep, / Wretch, under a comfort serves in a whirlwind: all / Life death does end and each day dies with sleep.

Últimas edições

  • Edição 552

    Zooliteratura. A virada animal e vegetal contra o antropocentrismo

    Ver edição
  • Edição 551

    Modernismos. A fratura entre a modernidade artística e social no Brasil

    Ver edição
  • Edição 550

    Metaverso. A experiência humana sob outros horizontes

    Ver edição